Resenha da Semana - Beta - Rachel Cohn



Nome: Beta
Autor: Rachel Cohn.
Gênero: Literatura Juvenil.
Ano de Lançamento: 2014.
Número de páginas: 288 páginas.
Editora: iD
Sinopse:
Em um mundo construído com perfeição absoluta, a imperfeição é difícil de entender e impossível de esconder.
Elysia é um clone, criada em laboratório, nascida como uma garota de dezesseis anos, um vaso vazio, sem experiência de vida para se basear. Ela é uma Beta, um modelo experimental de clone adolescente. Ela foi replicada a partir de outra adolescente, que morreu para Elysia ser criada.
O propósito de Elysia é servir os habitantes de Demesne, uma ilha paradisíaca para as pessoas mais ricas do planeta. Tudo em Demesne é uma perfeição em bioengenharia. Até o ar induz à uma estranha euforia que somente os trabalhadores da ilha—clones sem alma como Elysia—são imunes a ele.
Inicialmente, a nova vida de Elysia nessa ilha é idílica e mimada. Mas logo percebe que os humanos de Demesne, as mais privilegiadas pessoas do mundo, anseiam. E percebe que debaixo do exterior impecável, há uma corrente de descontentamento entre os clones. Ela sabe que não tem alma e não consegue sentir e se importar—então por que tudo as sensações estão turvando a mente de Elysia?
Se alguém descobrir que Elysia não é o clone insensível que finge ser, ela sofrerá um terrível destino, doloroso demais para se imaginar. Quando a única chance de felicidade de Elysia é arrancada dela com uma crueldade de tirar o fôlego, as emoções que sempre teve, mas nunca entendeu, são desencadeadas. Quando a raiva, o terror, e o desejo, ameaçam dominá-la, Elysia deve encontrar a vontade de sobreviver.
Minha opinião:
Eu me decepcionei com essa leitura, foi um sofrimento terminar esse livro e só terminei porque sou muito teimosa! Não gosto de deixar uma leitura inacabada, mas sofri muito para terminar. Foi um livro onde a história se arrastou o máximo possível, sempre que eu achei que a historia iria começar a andar, a se desenvolver eu me decepcionava porque o tédio sem fim voltava e eu dava de cara com a mesma ladainha do início do livro.
O livro se passa em Demesne, uma ilha onde tudo é perfeito, onde só os mais ricos podem morar e quem faz o trabalho pesado na ilha são clones e nossa personagem principal, Elysia é um clone adolescente uma das primeiras da serie e por isso ainda está em fase beta, que seria uma fase de teste. Elysia é comprada pela mulher do governador para substituir a filha mais velha que foi para a faculdade na cidade de Bioma. Acontece que Elysia começa a desenvolver sentimentos, a sentir o gosto da comida e isso a classifica como uma clone defeituosa, por isso ela mantem esses fatos em segredo.
O que eu achei mais sem sentido, que não acrescentou em nada na história e que realmente irritou foi que mesmo ela “podendo” sentir emoções a Elysia continuando sendo um robô, ela tem sentimentos mais que em momento nenhum isso aparece, acontece várias coisas com ela que vão do amor a um estupro, mas ainda assim não é o suficiente, ela simplesmente continua tento as emoções de uma porta! Quando ela começa a querer mostrar que tem sentimentos ainda assim não é de uma forma que seja convincente, é apenas algo que a personagem diz, mas que não demonstra de forma alguma.
A pior parte é que a história tinha tudo para ser incrível, tem uma primícia maravilhosa, mas que não foi bem trabalhada nem desenvolvida. A historia tem uma revolução de clones, tem espaço para se duvidar da fabricação deles, tanto que no inicio eu achei que eles estavam sequestrando pessoas das classes mais pobres para instalarem chips de controle em seus cérebros para terem mão-de-obra obediente e barata, mas não foi esse o caso. Tem espaço ate para cair em um clichê que bem trabalhado da certo, como fazer o filho do governador se apaixonar pela Elysia, ele já tinha uma certa obsessão por ela que só precisava ser trabalhada, apenas para aumentar o drama. Quando as memorias da matriz da Elysia começaram assurgir, pensei: é isso vai começar a ficar bom! Doce ilusão, a Elysia permanece indiferente a essas memorias e continua na mesma.
Acho que foi isso o que me deu mais agonia ter tudo para ser e não ser nada! Tinha muitas possibilidades para serem trabalhadas se a autora não tivesse se mantido apenas no “como é o dia a dia de um clone?” tinha tudo para ser um bom livro.
Não tem nenhuma parte do livro que me marcou ou que valha a pena ser mencionada, não recomendo esse livro, ele até tem continuação, mas não sei se já foi publicada e eu seriamente estou considerando deixar de lado porque não acredito que a história melhore no segundo livro.
É isso pessoal.
Boas leituras para vocês!
Até a próxima resenha.

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