Resenha da Semana - As Mil Noites - E.K. Jonhston
Nesse mês de Janeiro viajei para o deserto e devo dizer que foi uma viajem inesquecível.
Sinopse: Clássico da literatura universal, as histórias de As mil e uma noites estão no imaginário de todos — do Oriente ao Ocidente. É impossível que alguém nunca tenha ouvido falar sobre Ali Babá e seus quarenta ladrões, ou sobre Aladim e o gênio da lâmpada. Ou sobre Sherazade, a mulher sagaz e inteligente que se casou com um homem cruel, e, por mil e uma noites, driblou a morte narrando contos de amor e ódio, medo e paixão, capazes de dobrar até mesmo um rei. Em As mil noites, a história se repete, mas com algumas diferenças… Quando Lo-Melkhiin chega àquela aldeia — após ter matado trezentas noivas —, a garota sabe que o rei desejará desposar a menina mais bela: sua irmã. Desesperada para salvar a irmã da morte certa, ela faz de tudo para ser levada para o palácio em seu lugar. A corte de Lo-Melkhiin é um local perigoso e cheio de beleza: intricadas estátuas com olhos assombrados habitam os jardins e fios da mais fina seda são usados para tecer vestidos elegantes. Mas a morte está à espreita, e ela olha para tudo como se fosse a última vez. Porém, uma estranha magia parece fluir entre a garota e o rei, e noite após noite Lo-Melkhiin vai até seu quarto para ouvir suas histórias; e dia após dia, ela continua viva.Encontrando poder nas histórias que conta todas as noites, suas palavras parecem ganhar vida própria. Coisas pequenas, a princípio: um vestido de seu lar, uma visão de sua irmã. Logo, ela sonha com uma magia muito mais terrível, poderosa o suficiente para salvar um rei...
Minha Opinião:
As
Mil Noites tem um estilo de escrita incomum, em nenhum momento é revelado o
nome a maioria dos nomes dos personagens, nem mesmo da protagonista, ela sempre
se refere as pessoas por titulo de parentesco ou por função, por exemplo, o meu
pai, a minha irmã, a mãe da minha irmã ou se for alguém do palácio, senhora da
rena, a mãe de Lo-Melkhiin, a velha tecelã. Os únicos que tem o nome revelado é
o Rei, Lo- Melkhiin, Firh Dom de Pedra, que é um grande escultor no palácio e
Sokath, Aquele dos Olhos Abertos. Quando fiquei sabendo desse detalhe achei que
iria estranhar, mas só lembrei da falta de nomes depois que já havia lido mais
da metade do livro e fui partilhar a história com uma amiga e ela me perguntou
o nome da personagem e tive que dizer que não sabia (rsrsrs). Esse mistério em
relação aos nomes me cativou muito.
Na
história temos dois pontos de vista: a da nossa protagonista e o de uma
criatura misteriosa que habita o deserto. Esse dinamismo deu a historia ritmo,
mistério além de aguçar a curiosidade do leitor, eu me peguei diversas vezes
querendo roer as unhas durante a leitura.
Foi
uma leitura leve e suave. A historia é contado de forma poética e com uma
delicadeza que confesso mudou muito a minha opinião. Quando me falam sobre um
livro ter ritmo e estilo poético fico com receio de ler por medo de ser
maçante, mas mesmo tendo esse estilo As Mil Noites não foi nenhum pouco
entediante, devorei página por página ansiosa para descobrir o desfecho da
nossa heroína e do Lo-Melkhiin.
Por
fim recomendo As Mil Noites para quem esta procurando um livro leve, com
aventura e mistério para descontrair, relaxar esse livro é uma boa opção. Nunca
achei o deserto atraente, mas depois de As Mil Noites ele ganhou mais beleza e
encanto para mim.
Eu
não sei muito sobre E.J Johnston, esse foi o primeiro livro dela que li e posso
dizer que com esse livro ela me cativou e fiquei curiosa para ler outras de
suas obras.
By:
A Escritora.
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